Quando os poderes recrudescem, lembrem-se: esse é apenas um sinal de que o poder está sendo (ou já foi) perdido. Há um senso de vazio, que é indisfarçável; e é preciso inchar e aparentar ser de maior tamanho, para parecer que há poder. Quando não há.
Entenda-se vazio por uma ausência de integridade; não-íntegro e, portanto, rachado, roto. Nada pode ser realmente vazio na Criação. Não existem espaços vazios, sem que algo mais ocupe o lugar. O que existe é ausência de integridade, perda da integralidade. E, portanto, fragilidade.
Sabe quando alguns pais se tornam violentos ao verem os filhos saindo de seu controle e que o seu poder sobre eles está se esvaindo? É assim na família humana também, com pais autoritários temendo perder o controle sobre 'filhos' que pensam dominar; que pensam ser parte ou extensão sua, sobre a qual podem comandar, como comandam um dedo, braço ou perna.
É isso que está acontecendo na Terra. Não falo de percepções de grupos, alas, bolhas, classes, faixas, terras ou povos. Não falo de um tipo ou linha de poder. Não falo de decisões sobre paz ou ausência dela. Falo sobre poderes de todos os tipos. Estão todos sendo testados. E o que não é íntegro, não é integral e, portanto, não é honesto - isso é básico. E o que não é honesto, não pode ser humilde. E o que não é humilde não consegue comandar. Porque precisa se proteger, se defender. Só a ausência de verdade precisa se defender. A verdade nunca precisa de defesa.
Essa necessidade intensa de defesa vem do medo de se saber não-verdadeiro. O que gera mais medo, porque toda inverdade é indefensável, por ser irreal. É o medo que produz a necessidade de mais poder; por isso, vem o endurecimento. E também vem o ímpeto de iludir, confundir, de criar o caos, gerar camadas sobre camadas de brumas e fumaça, de criar intrigas, dividir e separar, alterar e embaralhar as regras.
As coisas que estamos vendo nos muitos últimos anos, em toda parte que olhamos, são as façanhas que o medo promove. Sempre repetitivas, cansativas e óbvias. Se não for óbvio para você, é porque você está atrasado. Precisa perder a inocência, deixar de ser 'crente' e começar a aprender a pensar por si mesmo. Reconheça que você está imaturo, ingênuo e atrasado no seu entendimento.
Observem. Observem todos os lados. Não definam preferências ou rejeições, porque TUDO vai mudar. E, ao se posicionarem de um ou outro lado, vocês apenas dão energia vital e deixam de aprender o funcionamento mais amplo das mais extensas engrenagens das coisas. Estou falando meio em código, mas dá para entender.
Aprendam a observar com visão maior e olhar crítico. Aprendam a fazer zoom-in e zoom-out em tudo o que percebem. Aprendam a pensar direito e por conta própria. Aprendam a fazer as perguntas corretas. Aprendam a ter percepção estratégica. Aprendam a se calarem, até na mente de vocês, para poderem ouvir mais e melhor. Aprendam a ver o que vai por debaixo da superfície. Aprendam a entender a intenção real por detrás das ações. Aprendam a olhar por todos os ângulos. Aprendam a ouvir as palavras que não são ditas. Aprendam a interpretar todo o contexto.
Aprendam a silenciar, antes de tirar quaisquer conclusões. Porque todas as conclusões, neste momento, são sumamente precipitadas. Aprendam a pensar bem, antes de agir. Aprendam a desenvolver o autocontrole. Saiam da inocência. E acolham as mudanças. Se tudo isso que vivemos parece confuso, a causa é a falta de conhecimento. Vão atrás de conhecimento. Quem tem informação detém poder. O que falta a quem é dominado é conhecimento. Ainda com conhecimento é possível estar sob algum tipo de controle. Mas o coração permanece livre. E o coração é uma antena geradora de ondas criativas que impulsionam as transformações.
Desenvolvam seu entendimento e compreensão. Não creiam por simplesmente crer. Questionem. Não desejem entender as coisas a partir da visão do outro. Não deixem que o entendimento das coisas lhes seja fornecido em doses miseráveis, sendo que vocês mesmos é que devem dar a si a dose que sabem serem capazes de receber. Não se limitem aos limites insinuados ou colocados por quem deseja que vocês continuem limitados.
E percebam: poderes férreos são só essências adoecidas, que se sabem ocas e fracassadas e que percebem a própria degeneração com pavor. Toda força recrudescente é apenas uma presença viva que está assustada, por se reconhecer tão frágil quanto tola, por se saber fútil, obsoleta e dispensável. E que vê o seu fim jazendo próximo.
É bom observar. E sem comparações com o passado. Porque o que estamos vivendo são tempos incomparáveis. Nós jamais fomos como somos hoje. E o contexto jamais esteve como está hoje. Há um shift intenso de Consciência tanto individual quanto coletiva, sem falar na velocidade da tecnologia. Tempo e espaço vão sendo transcendidos. O seu olhar vai mudar muito rápido. Então não julgue com firmeza e não fixe julgamento sobre nada. Seja sábio em não se basear em instabilidades para tirar conclusões e busque sabedoria para viver.
Se quer viver bem, vá atrás de CONHECIMENTO, porque é tudo o que falta. Autoconhecimento, Conhecimento sobre a Vida (o mundo, a família terrena e o cosmos em que você está inserido) e Conhecimento Espiritual. Sem isso, a maioria vai seguir perdida, sendo ditada nos pensamentos e ações, pelos velhos arquétipos 'papai e mamãe' autoritários, que querem deter controle. E vocês já estão tão grandes que não cabem mais nos seus quartinhos. Estamos bem crescidos. Não se trata de fugir de casa. É hora de viver como adultos.
Quem entende o que estou dizendo aqui, vai saber olhar para o mundo e obter novas conclusões; e tirar novas novas conclusões e renovar, de novo, as conclusões, sem se fixar em nada. Vai saber fluir com as transformações. Para isso, o mais importante, é saber estudar o conhecimento que falta para melhorar o seu viver. Os tempos pedem isso. E vão exigir mais de quem estiver, ainda, insistindo na imaturidade. Isso é certo. ⁷
Precisando de ajuda, contem comigo. Eu não sei muita coisa. Mas eu, pelo menos, tenho ciência de que não sei muita coisa. Isso faz toda a diferença.
Com Consternação e Consciência,
Patricia Couto Narayånï
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